terça-feira, 30 de setembro de 2008

Tratamento Holístico - Aromaterapia

Aromaterapia

Os óleos essenciais são a base da aromaterapia – um tratamento holístico e alternativo que tira partido dos aromas naturais, presentes nas plantas, flores e madeiras, para trazer benefícios para o corpo, mente e espírito. Os top 10 óleos essenciais :

Alecrim

Vindo da Ásia, o óleo essencial de alecrim é um aliado precioso no combate à obesidade e celulite, mas tem ainda efeitos positivos no cérebro e sistema nervoso – melhora a memória, alivia as dores de cabeça, enxaquecas, fadiga mental e exaustão nervosa. O alecrim é ótimo para tratar o cabelo e para estimular a circulação no couro cabeludo, o que incentiva o crescimento capilar. A aromaterapia indica que este óleo é ainda adequado para tratar perturbações tão diversas como: diarreia, flatulência, dispepsia, colite, icterícia e disfunções hepáticas. As dores musculares, reumáticas, artríticas e relacionadas com a gota também encontram conforto no alecrim, assim como as doenças arteriais, palpitações, má circulação e varizes. Este óleo é simultaneamente utilizado no tratamento da bronquite, catarro, asma, sinusite, tosse convulsa, acne, eczema e dermatite.

Camomila

Anti-tóxico e anti-irritante, existem dois tipos de camomila – a camomila romana (originária da Inglaterra, é cultivada na Alemanha, França e Marrocos) e a camomila alemã (cultivada em França, Espanha e Marrocos). O óleo essencial de camomila romana é indicado para o alívio de dores musculares, de cabeça, enxaquecas, de dentes, de ouvidos e para o reumatismo. É aconselhada para o tratamento de vários tipos de problemas de pele – acne, eczema, erupções cutâneas, feridas, pele seca, dermatites e reações alérgicas em geral – bem como para perturbações do sistema digestivo, sistema nervoso e condições ginecológicas. Diluída, a camomila romana pode ainda ser utilizada nos bebês, para aliviar as gengivas aquando do nascimento dos dentes, cólicas e diarreia. Igualmente eficaz, a camomila alemã é conhecida por ser um bom anti-inflamatório, nomeadamente em curas associadas a dores articulares, musculares e à síndrome de intestino irritável. Pode melhorar as dores associadas à menstruação, aos espasmos musculares, reumatismo e artrite. Enquanto solução tópica, é aconselhada no tratamento de acne, eczema, erupções cutâneas, psoríase, pele hipersensível e reações alérgicas em geral.

Eucalipto

Com origens na China, o óleo essencial de eucalipto é perfeito para a pele, principalmente a oleosa, mas também no caso de queimaduras, feridas, bolhas, mordidelas de insetos, piolhos e infecções cutâneas, em geral. O eucalipto é talvez o mais indicado para o tratamento de constipações e gripes, mas é ainda eficaz contra músculos e articulações doridas. Desintoxicante natural, este óleo revigora o sistema imunitário, circulatório e respiratório. A aromaterapia aconselha o eucalipto como enquanto estimulante mental, que melhora significativamente os níveis de concentração e de produtividade.

Gerânio

Encontrado na África do Sul, Madagáscar, Egito e Marrocos, o óleo essencial de gerânio tem propriedades tónicas, diuréticas, anti-sépticas, anti-depressivas e antibióticas, entre outras. Extremamente benéfico para a pele – queimaduras, cortes, dermatites, eczema – é um excelente repelente natural contra mosquitos. O gerânio é igualmente utilizado no tratamento de hemorróidas, piolhos, ulceras, edemas, má circulação e dores de garganta. Anti-stressante, este óleo essencial actua ainda ao nível do sistema nevrálgico. É muitas vezes prescrito para as mulheres, principalmente para alívio da tensão pré-menstrual e sintomas de menopausa.

Hortelã-pimenta

Proveniente dos Estados Unidos da América, o óleo essencial de hortelã-pimenta tem inúmeras propriedades terapêuticas, sendo bastante útil no combate à fadiga mental, depressão, stress, dores de cabeça, enxaquecas, tonturas, fraqueza e estados de choque, melhorando significativamente a agilidade mental e os níveis de concentração. A hortelã-pimenta é frequentemente utilizada no tratamento de tuberculose, pneumonia, bronquite, cólera, asma, sinusite e tosse seca. Estimula a vesícula e a secreção biliar e, relativamente ao trato digestivo e intestinal, é indicado contra as cólicas, flatulência, cólon irritável, dispepsia, náuseas e dores menstruais. Ao nível cutâneo, é prescrito para irritações de pele várias, dermatites, acne, sarna e pruridos; sendo a hortelã-pimenta aconselhada ainda para as dores musculares, reumatismo e neuralgia.

Lavanda

Originário de França, este óleo é considerado um dos mais benéficos e está indicado para uma série de problemas de saúde – bronquite, asma, constipação, infecções da garganta e tosse. O óleo essencial de lavanda tem um efeito extremamente tranquilizante, perfeito para acalmar os nervos e aliviar a tensão, sendo ainda eficaz no tratamento da depressão, dos ataques de pânico, dores de cabeça, enxaquecas e insónias. É ainda poderoso no tratamento de perturbações do sistema digestivo – flatulência, cólicas, náuseas, vómitos –

e utilizado para aliviar dores reumáticas, musculares e artrite. A lavanda é um dos poucos óleos essenciais que pode ser directamente aplicado na pele, sem qualquer tipo de diluição, tonificando e revitalizando-a. O óleo de lavanda é ainda particularmente útil no tratamento de pequenas queimaduras, feridas, abcessos, mordidelas de insetos, psoríase e piolhos, sendo igualmente eficaz em peles oleosas e com tendência para acne.

Limão

Um nativo da Índia, o óleo essencial de limão é muito benéfico para o sistema circulatório e para diminuir a tensão arterial. Para além de estimular o sistema imunitário e digestivo, é um bom remédio para a prisão de ventre, dispepsia e celulite. Em aromaterapia, o limão acalma e alivia dores de cabeça e enxaquecas, melhorando as dores de quem sofre de artrite e reumatismo. Poderoso no combate às gripes e constipações, contribui para a diminuição da febre e outros sintomas associados, como as infecções da garganta e a bronquite. Indicado para o tratamento do cabelo e pele oleosa, tem vários outros benefícios ao nível da pele, nomeadamente enquanto esfoliante, na eliminação de acne, herpes labial e aftas.

Rosa

Diretamente de França, o óleo essencial de rosa tem um efeito calmante muito agradável, principalmente em situações de depressão, raiva, luto, medo, tensão e stress. Estimula o funcionamento do fígado, da vesícula e do sistema circulatório, estando ainda indicado para tratar várias doenças cardiovasculares, nomeadamente palpitações, arritmias e tensão alta. A aromaterapia defende ainda a sua utilização em casos de asma, tosse crónica, alergias, náuseas, vasos capilares quebrados, herpes, eczema e inflamações diversas. Enquanto hidratante faz maravilhas à pele e, diluído em água, é um remédio ótimo para a conjuntivite.

Sândalo

Originário da Índia e extraído do tronco das árvores, o óleo essencial de sândalo é um dos óleos mais puros, sendo recomendado em terapias de bronquite, laringite e leucorreia. Extremamente eficaz no processo curativo de pele sensível, seca, oleosa e com cieiro, pode ainda ser aplicado em cicatrizes, estrias e varizes. Antídoto perfeito para os soluços, a aromaterapia também sugere a utilização de óleo de sândalo em casos de depressão e stress. Para além das suas características afrodisíacas, melhora os níveis de concentração e funciona com um bom ansiolítico e redutor de ansiedade.

Ylang-ylang

Com origens na Indonésia, o óleo essencial ylang-ylang é, acima de tudo, um anti-depressivo e tranquilizante, mas também um afrodisíaco. Na aromaterapia é utilizado para combater a ansiedade, tensão, choque, medo e pânico, sendo frequentemente utilizado no tratamento de impotência e frigidez. Os seus poderes curativos foram ainda verificados em casos de infecções intestinais, tensão alta, respiração acelerada, e em pessoas com batimentos cardíacos muito elevados. O ylang-ylang é igualmente eficaz na estimulação do crescimento do cabelo.


A aromaterapia, praticada há milhares de anos é, tal como o seu próprio nome indica, uma terapia que cura através dos aromas – aromas 100% naturais, extraídos de flores, raízes, folhas, sementes, ervas, madeiras e resinas, e transformados em óleos essenciais que são utilizados na prevenção e no tratamento de doenças físicas e psicológicas.

As raízes

Parte integrante da medicina alternativa, a aromaterapia existe há mais de seis mil anos, tendo sido ativamente praticada nas antigas civilizações da Grécia, Roma e Egípcio. Aliás, o médico egípcio Imhotep recomendava o uso de óleos com fragrâncias no banho, nas massagens e, claro, no embalsamento dos mortos. O pai da medicina moderna, Hippocrates, seguiu os mesmos princípios e reza a história que terá realizado fumigações aromáticas para travar a praga em Atenas. Porém, o declínio do Império Romano levou ao desaparecimento destes conhecimentos aromáticos, que voltaram a dar que falar e cheirar por volta do ano 1000 d.C. na Pérsia. Nesta altura, os árabes iniciam a prática de destilação e o estudo das propriedades terapêuticas das plantas volta a ganhar força. Graças às Cruzadas, estes saberes regressam à Europa e, já em 1200 d.C. se produzia, na Alemanha, óleos essenciais com ervas e especiarias provenientes de África e do Extremo Oriente. Quando a América do Sul foi invadida pelos Conquistadores, a descoberta de novas plantas medicinais e óleos aromáticos foi impressionante e a verdade é que também no Continente Americano os índios nativos passaram a ser conhecidos pela confecção de bálsamos e poções à base de plantas medicinais. Apesar desta prática consistente, foi apenas no século XIX que os cientistas europeus decidiram dedicar-se ao estudo dos efeitos destes óleos essenciais no homem. A palavra “aromaterapia” é uma invenção do químico francês René Maurice Gattefosse que, em 1910, descobriu os poderes curativos do óleo de lavanda quando se queimou no seu laboratório de perfumes e, procurando um alívio imediato, mergulhou a mão num recipiente com óleo de lavanda. O alívio da dor foi imediata e o processo de cicatrização rápido, indolor e sem marcas posteriores. A partir daí dedicou a sua vida ao estudo dos poderes curativos dos óleos essenciais, tendo realizado vários tratamentos de êxito nos hospitais militares durante a I Guerra Mundial, experiências essas que documentou em diversos livros. Hoje em dia, a busca de uma forma de vida natural, com a mente, corpo e espírito em equilíbrio, aumentou a procura da aromaterapia.

Sentido de olfato

Um dos cinco sentidos, o nosso poder de cheirar é, em si só, extremamente potente, com efeitos curiosos. Por exemplo, um certo aroma pode despertar memórias de infância bem guardadas ou o cheiro de determinado alimento pode abrir o apetite a uns ou provocar náuseas a outros. Quando inalamos óleos essenciais, as nossas células olfativas são estimuladas e esse impulso é encaminhado para o sistema límbico – o centro emocional do cérebro – ligado à memória, à respiração, à circulação sanguínea e às hormonas. Na aromaterapia, as propriedades, a fragrância e os efeitos dos óleos essenciais estimulam estes diferentes sistemas. Da mesma forma que a ligação estreita entre o olfacto e o cérebro desencadeia um efeito indireto no sistema imunitário, que potencia a capacidade do corpo se sarar a si próprio. Enquanto medicina holística, a aromaterapia é uma forma de auto-cura porque incentiva o equilíbrio interno do organismo, mas também se manifesta ao nível físico uma vez que os óleos essenciais são conhecidos pelas suas poderosas ações revigorantes, anti-oxidantes, anti-bacterianas, anti-virais, anti-fungos, anti-inflamatórias, ansiolíticas e anti-espásticas.

Benefícios físicos, emocionais e espirituais

Escolhidos os óleos essenciais apropriados (sendo, por isso, importante procurar sempre um profissional de aromaterapia), os benefícios são mais que muitos e sentem-se a diversos níveis.

  • Mente – tratamento de cansaço mental, stress, tensão, certas fobias, insonias e outras perturbações do sono; aumento dos níveis de concentração, memória e produtividade.
  • Corpo – as propriedades anti-bacterianas dos óleos essenciais auxiliam na cicatrização de feridas externas; actuam no melhoramento da circulação sanguínea, na drenagem linfática e na eliminação das toxinas do corpo; tratamento de doenças de pele, perturbações digestivas, desequilíbrios hormonais, dores musculares e de articulações; aumento dos níveis de energia e bem-estar geral.
  • Estado emocional – os óleos essenciais também podem funcionar como um anti-depressivo potente, ajudando a acalmar e a aliviar estados de nervosismo, tristeza, pânico, ansiedade e de depressão; aumento dos níveis de auto-estima e de auto-confiança.
  • Estado espiritual – a aromaterapia também é utilizada para aumentar os níveis de consciência, percepção e de comunhão com forças maiores, sendo ainda parte integrante na prática da meditação.

Óleos essenciais

Os óleos essenciais utilizados na aromaterapia são extraídos de plantas, flores, raízes, folhas, sementes, ervas, madeiras e resinas e, posteriormente misturados com outras substâncias – caso do óleo, álcool ou loção – o que permite a sua utilização de forma prática. Executado por profissionais especializados, o método de extração é um processo moroso e caro: são necessários 100 quilos de pétalas de rosas para produzir 5 colheres de chá de um óleo essencial! Um processo que também encarece o produto final, no entanto, e como se utilizam poucas gotas de cada vez e os efeitos são altamente eficazes, o investimento é considerado válido.

Utilizados a solo ou misturando mais que uma variedade, os óleos essenciais estão divididos em três categorias, ou seja, conforme as suas “notas” ou índice de evaporação.

  • Óleos de nota elevada – os mais estimulantes e revigorantes, têm um aroma forte, mas o seu perfume dura apenas entre 3 e 24 horas. Alguns exemplos incluem: basílico, bergamota, salva, coentro, eucalipto, laranjeira-amarga, hortelã-pimenta e tomilho.
  • Óleos de nota média – actuam ao nível das funções corporais e metabólicas e, embora menos potentes, a sua fragrância só evapora passados 2 ou 3 dias. Alguns exemplos incluem: erva-cidreira, camomila, funcho, gerânio, hissopo, junípero/zimbro, lavanda e alecrim.
  • Óleos de nota baixa – o seu aroma doce e calmante, tem efeitos relaxantes no corpo e é a fragrância que mais tempo dura, até uma semana. Alguns exemplos incluem: cedro, cravinho, gengibre, jasmim, rosa e sândalo.

Aplicação

Na aromaterapia, os óleos essenciais têm múltiplas aplicações:

  • Externa – aplicado diretamente na pele (diluído ou não), tratam feridas superficiais ou problemas de pele, activando, em simultâneo, os receptores térmicos do corpo, matando micróbios e fungos.
  • Interna – ingerido através da diluição em água ou adicionado à alimentação, activam o sistema imunitário.
  • Massagem/Banhos – largamente associados às massagens e banhos de aromaterapia, nestes casos os óleos essenciais são inalados, mas também são absorvidos pela pele, entrando no sistema circulatório que os transporta para os órgãos e restantes sistemas do corpo.
  • Difusão no ar – queimados como incenso ou colocados em recipientes ao ar livre, os óleos essenciais são captados pelas células olfativas e direcionados para o sistema límbico.

A aromaterapia é segura?

Enquanto tratamento 100% natural, a aromaterapia só poderia ser segura, no entanto, existem sempre algumas precauções que não devem ser descuradas, nomeadamente se é um principiante neste género de tratamentos. Antes de procurar a aromaterapia, informe e peça a opinião do seu médico de clínica geral. A aromaterapia não deve ser praticada por mulheres grávidas (alguns óleos como junípero, alecrim e salva podem provocar contracções uterinas); por crianças com menos de 5 anos (são muito sensíveis aos óleos); por pessoas com doenças crónicas; por pessoas com problemas de pulmões como asma, alergias respiratórias ou doença pulmonar crónica (podem causar espasmos respiratórios).

Salvo indiciação específica, os óleos essenciais não devem ser ingeridos; e deve evitar o contato com os olhos e a boca; estando sempre atento a qualquer sinal de reação alérgica.

fonte: http://bemtratar.com/


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