terça-feira, 30 de setembro de 2008

acupuntura

Acupuntura

Diagnóstico complexo

No primeiro contato do paciente com o acupunturista é feito um detalhado diagnóstico, dividido em quatro etapas: inspeção, auscultação e olfatação (as duas são uma etapa só), palpação e interrogatório. A inspeção consiste na observação geral do paciente. "Ficamos atento ao seu jeito de caminhar e de sentar, aos movimentos do corpo, à coloração do rosto, da língua e da pele", diz Kwan. "Em seguida, sentimos o cheiro exalado pela pessoa, o odor de seu hálito e ouvimos sua respiração, fala e tosse. O terceiro passo é a palpação, quando pressionamos certas áreas do corpo. Pelo pulso é possível saber como está a função dos órgãos internos, como coração, fígado, rins, pulmão e a energia vital da pessoa", diz o acupunturista chinês. O último passo do diagnóstico é uma conversa sobre a doença. "O diagnóstico é uma etapa fundamental para o sucesso do tratamento. Para fazê-lo corretamente, é preciso muito estudo e treino", afirma Kwan. Além de toda essa investigação, muitos profissionais solicitam exames médicos para confirmar o diagnóstico.

O Brasil é um dos países do Ocidente onde a acupuntura está mais avançada. A técnica é reconhecida como especialidade médica desde 1995 e passou a fazer parte do Sistema Único de Saúde em 1988 - até planos de saúde pagam sessões de espetadas. Hoje, existem cerca de 90 instituições vinculadas ao SUS que oferecem gratuitamente tratamentos com acupuntura pelo país. Um dos principais é o ambulatório da Unifesp, a primeira universidade do Ocidente a implantar um pronto-socorro de acupuntura. A instituição atende cerca de 2 500 pessoas por mês e mantém um curso de especialização com mais de 200 alunos matriculados. "Além de nós, cerca de 30 instituições promovem cursos de especialização em acupuntura no Brasil", afirma Ysao Yamamura, chefe do setor de medicina chinesa da Unifesp. Ele estima que existam entre 5 mil e 7 mil médicos praticantes de acupuntura no país, porém apenas uma parcela reduzida com o título de especialista reconhecido pela Associação Médica Brasileira (AMB). Além deles, atuam no país outros cerca de 25 mil acupunturistas que não têm formação médica. Não há nada ilegal nisso: no Brasil, a profissão não está regulamentada, ou seja, qualquer pessoa pode praticá-la. Para garantir, é bom pedir indicações de alguma entidade de acupuntura. Não tem furo.

Outro benefício é que as agulhas podem ser utilizadas com outros tratamentos, alopáticos ou homeopáticos. "Na nossa experiência prática, percebemos que a acupuntura atua no sentido de reduzir a duração dos outros tratamentos", afirma Pisani. E não têm contra-indicação ou reações adversas, a não ser uma careta de aflição ao ver a agulha espetada na mão, na barriga ou no rosto. Mas o susto logo passa e ajuda saber que as aplicações geralmente não causam sangramento nem dor. A sensação é de um leve choque elétrico. Além disso, quanto menos saudável estiver o órgão ativado, mais o paciente sentirá a espetada.


Conheça em que a acupuntura pode atuar:

  • Doenças Respiratórias - bronquite, asma, rinite, sinusite, faringite;
  • Doenças do Aparelho Uro-Genital - cálculos renais, inflamação renal, incontinência urinária, prostratite, cistite, impotência masculina, frigidez, cisto de ovário, mioma, TPM, menopausa e andropausa;
  • Doenças Circulatórias - varizes, flebite, anemias, seqüelas de acidentes vasclular encefálico(AVE);
  • Doenças do Aparelho Digestivo - diarréia, vômito, enjôos, úlcera, gastrite, colite, hemorróidas, prisão de ventre, vesícula biliar "preguiçosa", insuficiência hepática, cirrose;
  • Doenças Reumatológicas - lesões esportivas (menisco, etc), artroses, artrite simples, LER/DORT;
  • Doenças da Pele - psoríase e vitiligo;
  • Doenças do Sistema Nervoso - esclerose múltipla (estaciona a progressão e melhora os sintomas), dor ciática, síndrome túnel carpeana, AVE (seqüelas), neurites, nevralgias, paresias, paralisias, traumatismo crânio-encefálico (diminuição das seqüelas e aceleração da recuperação), caimbras, enxaquecas, dor de cabeça, mal de Alzheimer;
  • Doenças Mentais - depressão leve e moderada, esquizofrenia (coadjuvante no tratamento psiquiátrico), ansiedade, stress, insônia, irritabilidade, medos, fobias, nervosismo, preocupações, tristeza e melancolia;
  • Dependência Química

Fonte: Organização Mundial de Saúde (OMS) / http://www.iamma.com.br/

Para saber mais

• Associação Médica Brasileira de Acupuntura (Amba)
www.amba.org.br
fone: (11) 5572-1666

• Associação de Medicina Chinesa e Acupuntura do Brasil (Ameca)
www.ameca.com.br
fone: (11) 3209-8189 ou 5561-3385

• Sociedade Médica Brasileira de Acupuntura (SMBA)
www.smba.org.br
fone: (81) 3227-7559

• Sindicato dos Acupunturistas de Terapias Orientais do Estado de São Paulo (Satosp)
fone: (11)3021-5361

• Associação Nacional dos Terapeutas
www.terapeutas.org.br
fones: (11) 6849-0783 ou 6642-0821

Livros
• Acupuntura Clássica Chinesa, Tom Sintan Wen, Cultrix, 1985.
• Medicina Chinesa, Debora Dines, Coleção Para Saber Mais, Superinteressante, 2003.
•Acupuntura sem Agulhas, Keith Kenyon, Pensamento, 1974

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